• Em 5 de março de 2019, na principal sessão anual do Congresso Popular Nacional, a legislatura chinesa reduziu a meta de cresci-mento econômico do país em 2019 para 6,0%-6,5%. O congresso também anunciou um pacote fiscal significativo de RMB 4,15 tri (5% do PIB), incluindo reduções de impostos e tarifas (RMB 2 tri) e gastos em infraestrutura (RMB 2,15 tri).
  • Estes desenvolvimentos vieram em resposta à desaceleração na China e aliados a um estímulo monetário generoso, segmentado e bastante inovador, composto por cortes de taxas e medidas não ortodoxas para aumentar empréstimos para pequenas e microem-presas em 30% em 2019.
  • Como resultado, esperamos que o crescimento econômico na China acelere timidamente de +6,2% a/a no primeiro trimestre para +6,4% a/a no segundo semestre, já que os efeitos do estímulo fiscal orien-tado para o setor privado podem levar tempo até se consolidar. Por outro lado, os mercados de capitais devem reagir muito positiva-mente ao estímulo duplo, sem se importar com os riscos acumulados no horizonte.
  • Este pacote de estímulo é diferente dos anteriores, e os canais de transmissão dentro da China e com o resto do mundo serão diferentes. Exportadores de bens de consumo e serviços de países industrializados visando a China podem ser os principais beneficia-dos, especialmente na medida em que as tensões comerciais entre os EUA e a China se acalmam. Por outro lado, exportadores de produtos industrializados e países com grande necessidade de fi-nanciamento no mundo emergente podem não se beneficiar tanto assim. Em todo caso, conforme o crescimento nos EUA e na Europa desacelera, a atitude decisiva da China é bastante bem-vinda.