O PIB real cresceu +0,4% q/q (+1% y/y), o que correspondeu às nossas expectativas, após contrair -0,1% q/q (+0,5% y/y) no primeiro trimestre. Assim, o Brasil evitou uma recessão (dois trimestres seguidos de contração q/q) graças à recuperação do investimento (+3,2% q/q após -1,2% no primeiro trimestre).

No entanto, o investimento ainda representa apenas 16,1% do PIB em termos reais, perto dos níveis do início de 2016 e muito abaixo do último pico de 21% em 2013. O consumo público caiu -1% q/q (-0,7% y/y) conforme o governo continuou a se pressionar para impulsionar economias públicas, reduzir o déficit fiscal e estabilizar a proporção da dívida pública para o PIB. Ainda assim, a taxa de economias nacionais agregadas caiu, mesmo com tais esforços, o que provávelmente reflete a cautela do consumidor.

Esperamos que o PIB real cresça +1% este ano, após +1,1% nos últimos dois anos, uma vez que a capacidade ociosa na economia ainda está elevada (taxa de desemprego de 12% e taxa de utilização de capacidade corporativa abaixo da média).

O crescimento deve finalmente acelerar – mas apenas moderadamente – em 2020, considerando os resultados de uma versão mais branda da reforma da previdência e o fato das primeiras privatizações começarem a dar lucros, o que deve impulsionar de alguma forma a confiança das empresas e dos consumidores.