No primeiro trimestre, o déficit nas contas-correntes cresceu em GBP 6,3 bilhões, chegando a GBP -30 bilhões, ou -5,6% do PIB, o nível mais elevado desde o referendo do Brexit. A ampliação da queda se deveu sobretudo ao déficit comercial, que mais do que dobrou no primeiro trimestre, chegando a um recorde de GBP -20,3 bilhões, ou -3,7% do PIB (acima de -3% pela primeira vez desde 2002).

O aumento das importações atingiu o nível recorde de +6,8% t/t no primeiro trimestre (em termos de volume) devido ao estocamento contingencial das empresas e dos lares em termos de bens semimanufaturados, bens manufaturados acabados, alimentos e bebidas, além da aceleração das importações de ouro, que não é um ativo de reserva no Bank of England.

Na conta financeira, os investimentos diretos registraram o maior fluxo de saída líquido desde o terceiro trimestre de 2017 (GBP -139,7 bilhões), enquanto que os investimentos em carteira registraram seu fluxo de saída líquido mais alto desde o terceiro trimestre de 2012.

Esperamos que as incertezas relacionadas ao Brexit aumentem no terceiro trimestre ante a data limite de 31 de outubro, o que irá acelerar o estocamento contingencial e as saídas de capital. O déficit nas contas-correntes deve permanecer acima de -5% do PIB em 2019.