No segundo trimestre, 57% das empresas do Reino Unido entrevistadas pelo Bank of England entre 23 de abril e 28 de maio relataram que o Brexit era uma de suas três principais fontes de incertezas atualmente, o que é um índice recorde. Cerca de 40% delas relataram incertezas com cadeias de fornecimento e acordos alfandegários.

Mais empresas ajustaram suas expectativas de que o Brexit fosse resolvido posteriormente (em 2020 em vez de 2019). Ademais, 75% das empresas estão mantendo ou aumentando seus planos de contingenciamento (ou seja, aumentando os recursos para lidar com o Brexit, acumulando estoques, incrementando reservas monetárias, buscando fornecedores alternativos). Os aumentos nos inventários devido ao Brexit se concentraram na fabricação (mais da metade em matéria-prima), enquanto os atacadistas e varejistas foram mais propensos a acumular estoques de bens acabados (cerca de 40% relataram isso).

Esperamos uma extensão do Artigo 50 de 31 de outubro para a metade ou final de 2020 (50% de chances), e que o prolongamento da incerteza force as empresas a aumentar os estoques no terceiro trimestre. Um ajuste negativo ocorrerá então no quarto trimestre de 2019 (projetamos uma queda de -0,2% t/t do PIB) e pode se estender para o primeiro trimestre de 2020.