A produção fabril da Zona do Euro deve continuar a cair até o final do verão (-3% a/a no terceiro trimestre, após -0,5% a/a em abril de 2019) devido aos atípicos níveis elevado de estoques acumulados pelas empresas.

O PMI fabril esteve em contração desde fevereiro (47,6 em junho, nível semelhante ao de 2012) sendo a Alemanha (45,0) o país que apresentou o PMI mais baixo em junho. A proporção entre estoque e pedidos da Zona do Euro continuou a aumentar em junho, o que indica que a demanda, especialmente a externa, continuou a desapontar as expectativas. Os novos pedidos de exportação identificados pelas empresas na Zona do Euro caíram a níveis baixos como os de 2015 e as perspectivas de emprego no setor fabril continuaram a reduzir na maioria dos países europeus. No entanto, setores não comerciais ainda demonstraram resiliência e o PMI de serviços aumentou marginalmente para 53,6 em junho.

Esperamos que o PIB da Zona do Euro cresça a +1,2% em 2019, mas os impactos negativos continuam no horizonte devido à possibilidade de intensificação das tensões comerciais entre os EUA e a UE, especialmente em termos das tarifas sobre importações de automóveis,o que diminuiria o crescimento do PIB da Zona do Euro em -0,3pp por ano.