Em termos year-to-date, os fluxos comerciais entre os EUA e a China caíram em 45 bilhões de euros, com redução de 33 bilhões de euros em importações da China nos EUA. No entanto, a União Europeia (UE) continua a se beneficiar dos desvios comerciais graças aos fluxos de exportação mais altos tanto para os EUA quanto para a China (+28 bilhões de euros para os EUA, mais do que o dobro do mesmo período em 2018, e 10 bilhões de euros para a China, quase o dobro).

Contudo, a queda nos fluxos comerciais entre os EUA e a China ainda não foi plenamente compensada: no total, foi registrada uma perda de EUR 16 bilhões em comparação com o mesmo período no ano passado. O Brexit também está perturbando os fluxos comerciais da UE com uma recuperação nas exportações em julho de 5% conforme as empresas do Reino Unido aceleraram seu estoque de contingência. Em termos year-to-date, a UE ganhou EUR 2,4 bilhões em exportações para o Reino Unido, com a França figurando como principal exportadora.

Os ganhos de exportação para empresas europeias devem se estabilizar no futuro, uma vez que a estagnação na atividade global deve chegar no primeiro trimestre de 2020 (incluindo uma recessão técnica no Reino Unido na virada do ano).